sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ir ao Cinema, Viajar

O fim-de-semana cinematográfico faz-se ao sabor de viagens que fazemos para lá e para cá, entre Lisboa e Tavira. As duas exibições que o blog sugere para estes dias são também sobre viagens, aventuras, missões a cumprir. Uma pequena viagem também, se assim se entender, entre duas cinematografias, entre duas épocas, entre dois países, entre duas salas de cinema, entre dois públicos, entre duas cidades.
A primeira das nossas sugestões fala de uma aventura, uma expedição colorida, musical, com uma sugestão de fantástico, através do mundo animal. A segunda, menos fantástica que movimentada, aposta na acção, na tecnologia e na pirotecnia, com vincados apontamentos musicais que sugerem as paragens latinas dos sombreros mexicanos onde tem lugar a acção.
O pólo da Cinemateca Portuguesa vocacionado para o público infanto-juvenil, sugere para este Sábado o filme Doctor Dolittle. Realizado em 1967 por Richard Fleischer, é protagonizado por um dos mais emblemáticos e carismáticos actores britânicos, Rex Harrison.
Tomamos emprestadas as linhas com que a Cinemateca apresenta o filme, a ser exibido como habitualmente no Salão Foz: "Adaptação das histórias de Hugh J. Lofting sobre o doutor Dolittle, um médico que, ajudado pelo seu papagaio, aprende a "linguagem" [sic] dos animais, e com a sua arte procura arranjar fundos para uma expedição em busca do fabuloso caracol cor-de-rosa gigante marinho. Nova incursão de Rex Harrison no musical, depois de My Fair Lady".
O fim-de-semana termina com cinema no nosso estimado Cine-Teatro António Pinheiro. Terá lugar a projecção de Machete, de Robert Rodriguez e Ethan Maniquis. Rodriguez habituou os seus espectadores a uma estética que se formula a partir do cinema de Quentin Tarantino, mas que não seria nada sem as raízes que encontra no "western spaghetti" dos anos 50 e 60.
A corrupção, o tráfico de droga, a traição e a vingança dão matéria para muita acção, virilidade e armas de fogo, manipuladas por Danny Trejo, Robert deNiro, Steven Segal e Don Johnson, contrapostos com a beleza, a delicadeza e a sensualidade de Michelle Rodriguez e Jessica Alba.
Em Lisboa, em Tavira, onde quer que seja, o blog deseja aos seus seguidores e amigos um bom fim-de-semana e Bom Cinema.
LG



Oscares: Quase Nada a Dizer

Pouco mais de uma semana têm os cinéfilos, para saberem quem são os vencedores dos Oscares de 2011.
A parte mais visível e indiscutivelmente mais popular da AMPAS - Academy of Motion Picture Arts and Sciences, tem lugar no próximo dia 27 de Fevereiro, Domingo ou, entre nós, já na 2ª feira.
A verdade é que não há muito a conjecturar sobre favoritismos. The King's Speech é favorito absoluto, seguido a confortavel distância por The Social Network. E se estes dois filmes disputam, mais que provavelmente, os principais prémios, tem que se realçar o prémio a atribuir como melhor actriz, cujas probabilidades recaem - e o palmarés do filme confirma-o - sobre Natalie Portman em Black Swan.
Não é a primeira vez que um filme maioritariamente europeu (e neste caso britânico) leva a melhor na maior festa do ano do cinema norte-americano. Laurence Olivier fez História quando em 1946 ganhou o prémio de melhor filme do ano com Henry V, tal como aconteceu com Chariots of Fire de Hugh Hudson ou Amadeus de Milos Forman, já nos anos 80.
Para os anfitriões de Hollywood, se exceptuarmos as poucas possibilidades de David Fincher ser eleito realizador do ano e o prémio seguro de Natalie Portman, o ponto alto vai pertencer a Toy Story 3, que dificilmente deixará escapar o estatuto de melhor filme de animação de 2010.
O blog deixa aqui o sítio para a lista completa dos candidatos, com votos de Bom Cinema!
LG
http://www.oscars.org/awards/academyawards/83/nominees.html

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

BAFTA, antevisão de OSCAR

Foram anteontem anunciados os vencedores de 2011 dos prémios BAFTA - British Academy Film and Television Awards.
Se dúvidas ainda houvesse, The King's Speech confirmou com superioridade o favoritismo ao ser consagrado, definitivamente, como o melhor filme do ano, ainda que pese o facto de ser um filme britânico (na realidade uma co-produção entre Reino Unido, Austrália e Estados Unidos) sobre britânicos e sobre a nobilíssima e distintíssima Casa Real de Windsor. Veja-se a imagem de Helen Mirren, que ganhou o BAFTA com a interpretação da Rainha Isabel II no filme The Queen, isto sem querer pôr em causa o brilhante desempenho de tal subdita de Sua Magestade.
Evidentemente, cabe aqui dizer como é tradição, e tão costumeiro nestas coisas de analisar prémios atribuídos por uma entidade tão vasta como uma academia de cinema e não por um júri de festival, que vão ser os Óscares da Academia a confirmar em definitivo se é este ou aquele o melhor filme do ano. Até porque o realizador Tom Hooper não venceu o realizador de The Social Network, David Fincher, a quem a Academia hollywoodesca deve - porventura moralmente - uma estatueta.
E por falar em moralidades, é quase obrigatório destacar o prémio para a Melhor Actriz, mais um entre já muitos para o desempenho de Natalie Portman em Black Swan, que muito vive da sua representação. Tal facto confirma que Portman é, não apenas uma actriz de tendência juvenil e frágil, como também capaz de boas e sólidas prestações, capazes de ficar muito tempo na retina dos espectadores.
Mas a verdade é que The King's Speech ganhou, salvo o de realização, os principais prémios atribuídos, onde se contam além do de melhor filme, aqueles que são atribuídos aos melhores Argumento Original (David Seidler), Actor (Colin Firth), Actor Secundário (Geoffrey Rush), Actriz Secundária (Helena Bonham Carter) e Música (Alexander Desplat).
O blog, que sempre deseja bom cinema aos seus leitores, deixa aqui o link para a lista completa de nomeados e vencedores.
LG