sexta-feira, 17 de julho de 2009

ABBA... e a tela

Depois da última conversa com o André, é quase obrigatório dar conta da peripécia da tela de projecção - cabo partido em três sítios!!! A responsabilidade não é de ninguém? Errado, é da Câmara Municipal e de mãos que pelos vistos são habilidosas para mexer em material com alguma especificidade técnica. Ao menos sabe-se de quem é a responsabilidade, não é como disse Howard Hawks - "A Culpa Foi do Macaco" (Monkey Business), ou Billy Wilder e o "macaco-fantasma" responsabilizado pelos azares em Sunset Boulevard, "O Crepúsculo dos Deuses".
O que é fantástico é que 48 horas antes da abertura da Mostra, que acontece hoje, a perspectiva de solução era quase nenhuma, talvez se arranjasse um remédio. Acreditando no impossível e na curiosa capacidade portuguesa para fazer surgir do caos uma solução "in extremis", o André lá foi fazer os testes remediando-se como pôde. Enfim, a Mostra vai mesmo ser uma realidade - era o que faltava que não! - e a projecção de Mamma Mia! vai mesmo ter lugar.
Não sei se já repararam mas há um fenómeno que faz, hoje, os criadores recuarem no tempo até anteriores décadas. No campo musical, os anos 70 e 80 surgem sistematicamente reinventados, com versões novas que se multiplicam, como se a música moderna não soubesse que caminho tomar - o que, face ao panorama, não admirará muito, mas quem sou eu para a crítica que... quase fiz...
seja como for, os anos 70 aí estão, com o seu ícone musical de proa, ABBA, que fazem dançar a Meryl Streep, saudosista, recordando os seus tempos de jovem, na presença de três ex-amores: Stellan Sarsgard, Colin Firth e Pierce Brosnan.
Seria curioso perguntar, no fim da sessão, quantas pessoas ficam com vontade de ouvir mais canções do grupo sueco. Muitos dos mais velhos diriam que sim. Quanto aos outros, talvez fiquem a perceber que já houve décadas muito mais saudáveis...
Bom filme.
LG

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