Toda a gente conhece, pelo menos de nome, o famoso parque em Coimbra onde é possível passear por entre miniaturas de edifícios marcantes da História e arquitectura em Portugal.
O nome do parque vem a propósito da chamada de atenção para o filme de João Canijo Fantasia Lusitana, que abriu o último Festival Indie Lisboa. Canijo procura dar a conhecer como era este belo país neutro durante a 2ª Guerra Mundial, gloriosamente celebrado num periodo em que se festejavam as gloriosas festas do Duplo Centenário, promovidas pelo Estado Novo salazarista.
Um país a brincar, marcado por um ditadura, mas por onde passaram inúmeras individualidades de destaque de variadíssimas áreas, não por causa das festas, mas porque em Portugal, esse parque de diversões, não havia guerra.
João Canijo recorre a um muito significativo conjunto de imagens de arquivo para mostrar, a esta distância, como eram as coisas e, ao mesmo tempo, recorre ao testemunho de pessoas que por aqui passaram, como a filha de Thomas Mann ou Antoine de Saint-Exupéry. Inesperadamente cosmopolita, Portugal era sobretudo um país fechado sobre si próprio, e em que um punhado de pessoas brincavam às Nações.
E para a brincadeira, as edificações levantavam-se e as pessoas apareciam em "espontâneas" manifestações de apreço, enquanto boa parte da brincadeira era registada em película, para que quem não participasse a pudesse testemunhar depois. Para mostrar como eramos "grandes" e "gloriosos", mestres da fantasia. Lusitana, claro.
Enquanto Fantasia Lusitana não chega ao nosso Cineclube, na 6ª feira à noite, fica o trailer para as primeiras impressões.
LG
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