Elemento do núcleo duro do Cinema Novo Português, Fernando Lopes começa por trabalhar como técnico da RTP, antes de tirar o curso na London Film School. É em Londres que roda os seus primeiros trabalhos, antes de tornar a Portugal e rodar a curta-metragem As Pedras e o Tempo em 1961.
É no ano de 1964 que roda Belarmino, história de um decadente pugilista de Lisboa. O registo documental cruza a vida de Belarmino com um retrato de uma certa Lisboa marginal, pela qual todos passam mas que só a câmara consegue captar, num exemplo "contemporâneo" da Câmara-Olho que Dziga Vertov defendia.
O cinema de Fernando Lopes é em Portugal, creio, o caso mais óbvio do fenómeno de contaminação da televisão para o cinema. A linguagem televisiva exigia a captação de rápidos apontamentos durante as reportagens, numa altura em que vinham ainda longe os registos videográficos muito mais longos. A publicidade tinha invadido a televisão, como o cinema, exigindo pequenas narrativas coerentes que fizessem passar uma mensagem. São estes dois vectores, aliados ao facto de Fernando Lopes ter estudado no seio da escola documental britânica, que faz dele um cineasta peculiar, notoriamente nos anos 60.
Será, talvez por isso, que é o realizador da sua geração que mais utiliza a tecnologia video, em registos documentais que é a sua produção mais vasta, independentemente da qualidade das suas longas-metragens para cinema, indicadas em baixo, numa altura em que está concluída a rodagem de Os Sorrisos do Destino
LG
É no ano de 1964 que roda Belarmino, história de um decadente pugilista de Lisboa. O registo documental cruza a vida de Belarmino com um retrato de uma certa Lisboa marginal, pela qual todos passam mas que só a câmara consegue captar, num exemplo "contemporâneo" da Câmara-Olho que Dziga Vertov defendia.
O cinema de Fernando Lopes é em Portugal, creio, o caso mais óbvio do fenómeno de contaminação da televisão para o cinema. A linguagem televisiva exigia a captação de rápidos apontamentos durante as reportagens, numa altura em que vinham ainda longe os registos videográficos muito mais longos. A publicidade tinha invadido a televisão, como o cinema, exigindo pequenas narrativas coerentes que fizessem passar uma mensagem. São estes dois vectores, aliados ao facto de Fernando Lopes ter estudado no seio da escola documental britânica, que faz dele um cineasta peculiar, notoriamente nos anos 60.
Será, talvez por isso, que é o realizador da sua geração que mais utiliza a tecnologia video, em registos documentais que é a sua produção mais vasta, independentemente da qualidade das suas longas-metragens para cinema, indicadas em baixo, numa altura em que está concluída a rodagem de Os Sorrisos do Destino
LG
1964 - Belarmino
1971 - Uma Abelha na Chuva
1975 - As Armas e o Povo (colectivo)
1977 - Nós Por Cá Todos Bem
1984 - Crónica dos Bons Malandros
1987 - Matar Saudades
1993 - O Fio do Horizonte
2001 - O Delfim
2004 - Lá Fora
2006 - 98 Octanas
1971 - Uma Abelha na Chuva
1975 - As Armas e o Povo (colectivo)
1977 - Nós Por Cá Todos Bem
1984 - Crónica dos Bons Malandros
1987 - Matar Saudades
1993 - O Fio do Horizonte
2001 - O Delfim
2004 - Lá Fora
2006 - 98 Octanas
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