quinta-feira, 30 de abril de 2015

5ª Feira, 30 Abril 2015

O Cineclube de Tavira exibe Selma, Selma - A Marcha da Liberdade, de Ava Duvernay.
Confira aqui.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Farewell


Há pouco, durante o almoço, soube da notícia do falecimento de Manoel de Oliveira. Recordei alguns filmes do cineasta, cuja obra tenho o privilégio de conhecer totalmente, de facto, salvo os casos de filmes perdidos. Mas recordei sobretudo a pessoa e o dia que passei na sua companhia. Estávamos em 2000/2001, e era ele um "jovem" de 90 anos. Preparava o filme "O Porto da Minha Infância", e revia, com a minha ajuda, alguns filmes de sua autoria para aproveitar imagens já desaparecidas; incluindo a obra que infelizmente agora deixou de ser proibida, "Visita ou Memórias e Confissões", 1982, que por sua vontade se exibiria apenas após a sua morte. 
Mas recordo sobretudo a sua destreza de raciocínio a trabalhar e a postura elegantíssima e de atleta (ainda) sentado na cadeira. E a forma como recusou um bife grelhado, por atenção à sua idade e eventuais restrições alimentares, para degustar, como todos, um belíssimo cozido à portuguesa.
Manoel de Oliveira era o mais antigo cineasta do mundo em actividade e o único que sobrevivia dos tempos do cinema mudo.
Um abraço, onde quer que esteja.
LG


quinta-feira, 5 de março de 2015

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

George "Charlie" Clooney

George Clooney recebe prémio Cecil B. DeMille nos Globos de Ouro 2015, e afirma:
"We will not walk in fear. We won't do it (...) Je suis Charlie".
Discurso de agradecimento do prémio aqui.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

In Memorian: António Montez

A notícia da morte do actor António Montez (1941-2014) trouxe à memória o seu trabalho nas primeiras telenovelas portuguesas, produzidas na primeira metade dos anos 80. Basta verificar, de resto, o que se diz nos orgãos de comunicação.
Parece-me irritante que não se evoque o facto de este actor ter chegado à profissão  através do trabalho desenvolvido na companhia Teatro Experimental do Porto, com a qual colaborou entre 1964 e 1977. O Teatro Estúdio de Lisboa, a Adoque - Cooperativa de Trabalhadores de Teatro, a Seiva Trupe e o Novo Grupo/Teatro Aberto, fazem parte do seu currículo de actor, contando-se quase 50 espectáculos montados com a sua participação.
Parece-me igualmente irritante que António Montez não seja lembrado pela sua passagem pelo cinema, onde foi actor secundário em meia-dúzia de produções. Pouco, é verdade, quando se pensa que são filmes feitos num periodo de 20 anos. Mas não deixou de emprestar a esses filmes a sua competência em representação e em dicção, esta uma arma característica do actor.
Mais ainda: Nem uma palavra sobre a sua crucial passagem pela animação exibida em Portugal, ainda que se repita até à exaustão o seu trabalho em televisão. Consultando a internet, encontram-se referências a dobragens que fez em dois filmes de animação americanos na década passada. E o seu importantíssimo trabalho de dobragem em séries de animação nos anos 70 e 80??
A começar na série Heidi, que por acaso foi a primeira série dobrada em Portugal, podemos recordar, e de memória: Marco; Jacky, o Urso de Tallac; Banna e Flapi; D'Artacão e os Três Moscãoteiros; Tom Sawyer. E a lsita tem fortíssimas probabilidades de estar muito incompleta. Por esta razão, por ser senhor de uma característica e marcante voz, por trabalhos de elevada competência que marcaram uma geração de público infanto-juvenil e a história da animação em Portugal (e não portuguesa); António Montez é figura incontornável e importantíssima no panorama da animação exibida entre nós. 
É triste pois, que nem uma palavra se escreva em jornais ou se diga em televisões, a começar pela RTP, onde se exibiram todas essas séries.
Jornalismo de qualidade, investigação meritória...
Participou nos seguintes filmes de ficção, salvaguardando a hipótese de esta ser uma lista incompleta:
 - Pedro Só, Alfredo tropa, 1970
 - Os Toiros de Mary Foster, Henrique Campos, 1972
 - Alexandre e Rosa, João Botelho e Jorge Alves Silva, 1978
 - Dina e Django, Solveig Nordlund, 1981
 - Eternidade, Quirino Simões, 1991
 - Adeus Princesa, Jorge Paixão da Costa, 1992
 - Amália - O Filme, Carlos Coelho da Silva, 2008
LG